Há
uma relação de proporcionalidade entre a matemática e música. Acordes exatos e
uma sonoridade perfeita, neste tipo de situação não se percebe facilmente esta
relação, sendo que a matemática exerce um papel fundamental como base da
música, seja na divisão rítmica ou sonora (Simonato e Dias, 2005).
Gardner
foi um pesquisador que fez referência da relação música e matemática, mostrando
que há elementos claramente musicais na matemática, e que estes não deveriam ser
minimizados (Souza et al, 2009).
Segundo
Rodrigues (1999), a regularidade ou complexidade das vibrações, as relações
tonais em melodias e harmonias, o ritmo e a variedade de formas e estruturas
musicais, dentre outras conduzem a modernas reinterpretações da tradição
pitagórica, segundo a qual a música seria a “ciência
do número aplicada aos sons”
O
som é o resultado de uma vibração, que se transmite ao meio de propagação,
provocando zonas de maior e zonas de menor compressão de partícula, originando
assim uma onda sonora (Souza et al, 2009). O som é a sensação produzida no
ouvido pelas vibrações de ondas sonoras, é representando por uma senóide,
possuindo uma velocidade de oscilação ou frequência que é medida em Hetz
(oscilações por segundo) (Santos e Sousa, 2010).
As
notas musicais são sons regulares, havendo um determinado intervalo entre eles.
Os pitagóricos observaram que notas diferenciadas por intervalos de oitava
apresentavam certa semelhança, podendo ser definida como uma classe de equivalência,
onde dividindo esta oitava poderiam se alcançar os sons que determinam o
alfabeto sonoro (Simonato e Dias, 2005). As notas são obtidas com auxílio dos
instrumentos musicais. São divididas em 12, onde 7 são ditas naturais, ou
quintas puras (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Sí). E continuando com a divisão das quintas,
temos as 5 chamadas de notas acidentadas (Dó#, Ré#, Fá#, Sol#, Lá#). O símbolo “#”
chama-se sustenido (Santos e Sousa, 2010).
Por
volta do século XI o pedagogo e teórico musical Guido D’Arezzo (955-1050dc) exerceu
papel decisivo na constituição da teoria musical, sendo ele quem adotou a pauta
de cinco linhas e das claves de fá e dó, ele também de nome às notas musicais,
tirando as sílabas iniciais de um hino a São João Batista, de um canto
eclesiástico (Simonato e Dias, 2005).
Imagem retirada do artigo A relação Matemática e a Música, disponível em A relação matemática e a música.
De
difícil entonação, o UT foi substituído posteriormente pelo Dó.
A
partitura forma um sistema de símbolos, onde todos pode ler, tornando a
linguagem da música universal, semelhante à matemática.
A
matemática pode ser trabalhada a partir dos ritmos, ou da polirritmia, quando
há diversos instrumentos. Conforme discutido em sala de aula durante o CC de
Perspectiva Matemáticas e Computacionais em Artes, o ritmo é uma frequência de frações,
e quando esta frequência de frações de encaixam ritmicamente, temos a música
propriamente dita.
Ainda
em sala de aula, foi proposto, após explanação das notas musicais e
apresentação das oitavas presentes no teclado eletrônico, sendo proposto aos
alunos que arriscassem tocar algo.
A
discente Gleice Istael tocou um clássico Dó, Ré, Mi Fá, sendo uma experiência gratificante
entender a matemática presente na música.
Segue
abaixo fotos do dia:
Foto 01 em sala da discente com o professor do CC, Joel Felipe.
Foto 02 em sala da discente com o professor do CC, Joel Felipe.
Referências:
RODRIGUES,
José Francisco. A matemática e a música. Colóquio
de Ciências. Lisboa, PT. P 17-32. 1999.
Disponível em: Colóquio de Ciências.
SANTOS,
Tarcísio Rocha dos. SOUSA, Géssyka Damares Silva de. Construções matemáticas da
música. In: V Bienal da Sociedade
Brasileira de Matemática – Paraíba, 2010.
Disponível em: Construções matemáticas da música.
SIMONATO,
Adriano Luis. DIAS, Maria Palmira Minholi. A relação matemática e a música. Revista Fafibe, ano 01, n 01. São
Paulo, 2005.
Disponível em: A relação matemática e a música.
SOUZA,
Luciana Gastaldi Sardinha, et al.
Matemática e música: relações e suas implicações no ensino de matemática. In: XXV Semana da Matemática. Londrina,
2009.
Disponível em: Matemática e música: relações e suas implicações no ensino de matemática. 
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