terça-feira, 10 de abril de 2018

A MATEMÁTICA NA MÚSICA, OU SERIA A MÚSICA NA MATEMÁTICA?



Há uma relação de proporcionalidade entre a matemática e música. Acordes exatos e uma sonoridade perfeita, neste tipo de situação não se percebe facilmente esta relação, sendo que a matemática exerce um papel fundamental como base da música, seja na divisão rítmica ou sonora (Simonato e Dias, 2005).
Gardner foi um pesquisador que fez referência da relação música e matemática, mostrando que há elementos claramente musicais na matemática, e que estes não deveriam ser minimizados (Souza et al, 2009).
Segundo Rodrigues (1999), a regularidade ou complexidade das vibrações, as relações tonais em melodias e harmonias, o ritmo e a variedade de formas e estruturas musicais, dentre outras conduzem a modernas reinterpretações da tradição pitagórica, segundo a qual a música seria a “ciência do número aplicada aos sons”
O som é o resultado de uma vibração, que se transmite ao meio de propagação, provocando zonas de maior e zonas de menor compressão de partícula, originando assim uma onda sonora (Souza et al, 2009). O som é a sensação produzida no ouvido pelas vibrações de ondas sonoras, é representando por uma senóide, possuindo uma velocidade de oscilação ou frequência que é medida em Hetz (oscilações por segundo) (Santos e Sousa, 2010).
As notas musicais são sons regulares, havendo um determinado intervalo entre eles. Os pitagóricos observaram que notas diferenciadas por intervalos de oitava apresentavam certa semelhança, podendo ser definida como uma classe de equivalência, onde dividindo esta oitava poderiam se alcançar os sons que determinam o alfabeto sonoro (Simonato e Dias, 2005).  As notas são obtidas com auxílio dos instrumentos musicais. São divididas em 12, onde 7 são ditas naturais, ou quintas puras (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Sí). E continuando com a divisão das quintas, temos as 5 chamadas de notas acidentadas (Dó#, Ré#, Fá#, Sol#, Lá#). O símbolo “#” chama-se sustenido (Santos e Sousa, 2010).   
Por volta do século XI o pedagogo e teórico musical Guido D’Arezzo (955-1050dc) exerceu papel decisivo na constituição da teoria musical, sendo ele quem adotou a pauta de cinco linhas e das claves de fá e dó, ele também de nome às notas musicais, tirando as sílabas iniciais de um hino a São João Batista, de um canto eclesiástico (Simonato e Dias, 2005).
   Imagem retirada do artigo A relação Matemática e a Música, disponível em A relação matemática e a música.
 
De difícil entonação, o UT foi substituído posteriormente pelo Dó.
A partitura forma um sistema de símbolos, onde todos pode ler, tornando a linguagem da música universal, semelhante à matemática.
A matemática pode ser trabalhada a partir dos ritmos, ou da polirritmia, quando há diversos instrumentos. Conforme discutido em sala de aula durante o CC de Perspectiva Matemáticas e Computacionais em Artes, o ritmo é uma frequência de frações, e quando esta frequência de frações de encaixam ritmicamente, temos a música propriamente dita.
Ainda em sala de aula, foi proposto, após explanação das notas musicais e apresentação das oitavas presentes no teclado eletrônico, sendo proposto aos alunos que arriscassem tocar algo.
A discente Gleice Istael tocou um clássico Dó, Ré, Mi Fá, sendo uma experiência gratificante entender a matemática presente na música.
Segue abaixo fotos do dia:
                   Foto 01 em sala da discente com o professor do CC, Joel Felipe.
                 Foto 02 em sala da discente com o professor do CC, Joel Felipe.

Referências:
 

RODRIGUES, José Francisco. A matemática e a música. Colóquio de Ciências. Lisboa, PT. P 17-32. 1999.
Disponível em: Colóquio de Ciências. 


SANTOS, Tarcísio Rocha dos. SOUSA, Géssyka Damares Silva de. Construções matemáticas da música. In: V Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática – Paraíba, 2010.
Disponível em: Construções matemáticas da música.  

SIMONATO, Adriano Luis. DIAS, Maria Palmira Minholi. A relação matemática e a música. Revista Fafibe, ano 01, n 01. São Paulo, 2005.
Disponível  em: A relação matemática e a música. 

SOUZA, Luciana Gastaldi Sardinha, et al. Matemática e música: relações e suas implicações no ensino de matemática. In: XXV Semana da Matemática. Londrina, 2009.
Disponível em:  Matemática e música: relações e suas implicações no ensino de matemática.


 
 

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