terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

O Número Ouro



Ao observamos a natureza observamos padrões de repetição em diversas formas, seja nas plantas, animais marinhos, proporções do corpo, dentre outros. Este fato sempre intrigou os antigos, e seu estudo começou com os gregos. Euclides (323-285 a. C.) era um matemático grego que descreveu a razão áurea, ou divina proporção em seu livro Elements, e o resultado chegou ao número de ouro, designado pela grega Φ (phi), cujo valor é sempre igual a 0,618, entretanto esta razão pode ter sido conhecida muito antes dos gregos, visto que Heródoto (historiador grego) relatou que as pirâmides de Giseh no Egito foram construídas seguindo esta proporção (Lauro, 2005).
O número de ouro transpassa apenas o valor numérico, a escola grega de Pitágoras o estudou e observou muitas relações e modelos numéricos que apareciam na natureza, na harmonia musical, na estética (Belussi, S/D).
Mais tarde, o matemático grego Enxodus, estudando a teoria das proporções, descobriu o retângulo áureo ou retângulo de ouro. Este retângulo é um retângulo qualquer ABCD, e dele se cria um quadrado (Martins, 2017). Ao final surge a relação abaixo:



Deste retângulo se retira o seguimento áureo, cuja divisão de um segmento em média e extrema razão é dada da seguinte forma:
 





Para os gregos, o retângulo áureo representava a lei da beleza matemática, estando presente na arquitetura clássica e esculturas, a exemplo do Partenon, sendo que muitos arquitetos da antiguidade, até os dias atuais, utilizam a proporção aurea para a construção.
A proporção aurea se encontra presente em diversas áreas, desde a matemática, como mostrado acima, até nos elementos da natureza, artes, economia, dentre outros. A exemplo de Pitágoras (582-497 a. C.) que observou que as proporções harmônicas nas músicas podem ser consideradas uma subversão da proporção aritmética, como observado na Quinta Sinfonia de Bethoveen (Belussi, S/D).
Esta proporção também esta presente no molusco Nautilus, na constituição de flores como lírios, petúnias e sementes de girassóis (Ferrer, 2005).
Por fim, a proporção aurea encontra-se presente no corpo humano. Leonardo da Vinci usou esta proporção para desenhar o Homem Vitruviano, que passaria a ser chamado de divina proporção, e usado em suas obras de arte, como exemplo na pintura Mona Lisa, sempre buscando a perfeição. Como cientista, da Vinci descobriu através de estudo em cadáveres que o corpo humano obedece a proporção aurea (Martins, 2017). 

Imagem da internet, disponível em






Referências: 

BELUSSI, Giuliano Miyaishi, et al. Número de Ouro. Londrina: Universidade Estadual de Londrina, S/D. 


FERRER, Joseane Vieira. O número de ouro na arte, arquitetura e natureza: beleza e harmonia. 2005. 14 f. Monografia (Graduação) – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2005.
Disponível em:O número de ouro na arte, arquitetura e natureza: beleza e harmonia. - FERRER, Joseane Vieira 

MARTINS, Patrícia Câmara. O Número Ouro e a Divina Proporção. XXII SEMANA ACADÊMICA DA MATEMÁTICA, Cascavel-PR, 2017. p 104 a 111.


LAURO, Maira Medias. A razão aurea e os padrões harmônicos na natureza, artes e arquitetura. Exacta, São Paulo. v 3, 2005. p 35-48.




 



 




 








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