Ao
observamos a natureza observamos padrões de repetição em diversas formas, seja
nas plantas, animais marinhos, proporções do corpo, dentre outros. Este fato
sempre intrigou os antigos, e seu estudo começou com os gregos. Euclides
(323-285 a. C.) era um matemático grego que descreveu a razão áurea, ou divina
proporção em seu livro Elements, e o resultado
chegou ao número de ouro, designado pela grega Φ (phi), cujo valor é sempre
igual a 0,618, entretanto esta razão pode ter sido conhecida muito antes dos
gregos, visto que Heródoto (historiador grego) relatou que as pirâmides de
Giseh no Egito foram construídas seguindo esta proporção (Lauro, 2005).
O
número de ouro transpassa apenas o valor numérico, a escola grega de Pitágoras
o estudou e observou muitas relações e modelos numéricos que apareciam na
natureza, na harmonia musical, na estética (Belussi, S/D).
Mais
tarde, o matemático grego Enxodus, estudando a teoria das proporções, descobriu
o retângulo áureo ou retângulo de ouro. Este retângulo é um retângulo qualquer
ABCD, e dele se cria um quadrado (Martins, 2017). Ao final surge a relação
abaixo:
Figura
retirada da internet disponível em: http://projetos.unioeste.br/cursos/cascavel/matematica/xxiisam/artigos/todos.pdf#page=105
Deste
retângulo se retira o seguimento áureo, cuja divisão de um segmento em média e
extrema razão é dada da seguinte forma:
Figura
retirada da internet, disponível em: http://projetos.unioeste.br/cursos/cascavel/matematica/xxiisam/artigos/todos.pdf#page=105
Figura
retirada da internet, disponível em: http://projetos.unioeste.br/cursos/cascavel/matematica/xxiisam/artigos/todos.pdf#page=105
Para
os gregos, o retângulo áureo representava a lei da beleza matemática, estando
presente na arquitetura clássica e esculturas, a exemplo do Partenon, sendo que
muitos arquitetos da antiguidade, até os dias atuais, utilizam a proporção
aurea para a construção.
A
proporção aurea se encontra presente em diversas áreas, desde a matemática,
como mostrado acima, até nos elementos da natureza, artes, economia, dentre
outros. A exemplo de Pitágoras (582-497 a. C.) que observou que as proporções
harmônicas nas músicas podem ser consideradas uma subversão da proporção
aritmética, como observado na Quinta Sinfonia de Bethoveen (Belussi, S/D).
Esta
proporção também esta presente no molusco Nautilus, na constituição de flores
como lírios, petúnias e sementes de girassóis (Ferrer, 2005).
Por
fim, a proporção aurea encontra-se presente no corpo humano. Leonardo da Vinci
usou esta proporção para desenhar o Homem Vitruviano, que passaria a ser
chamado de divina proporção, e usado em suas obras de arte, como exemplo na
pintura Mona Lisa, sempre buscando a perfeição. Como cientista, da Vinci
descobriu através de estudo em cadáveres que o corpo humano obedece a proporção
aurea (Martins, 2017).
Imagem
da internet, disponível em
Referências:
BELUSSI,
Giuliano Miyaishi, et al. Número de
Ouro. Londrina: Universidade Estadual de Londrina, S/D.
Disponível em:Número de Ouro - BELUSSI, Giuliano Miyaishi, et al.
FERRER,
Joseane Vieira. O número de ouro na
arte, arquitetura e natureza: beleza e harmonia. 2005. 14 f. Monografia
(Graduação) – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2005.
Disponível em:O número de ouro na arte, arquitetura e natureza: beleza e harmonia. - FERRER, Joseane Vieira
MARTINS,
Patrícia Câmara. O Número Ouro e a Divina Proporção. XXII SEMANA ACADÊMICA DA MATEMÁTICA, Cascavel-PR, 2017. p 104 a
111.
LAURO,
Maira Medias. A razão aurea e os padrões harmônicos na natureza, artes e
arquitetura. Exacta, São Paulo. v 3,
2005. p 35-48.
Disponível
em:. A razão aurea e os padrões harmônicos na natureza, artes e arquitetura. - LAURO, Maira Medias.



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